terça-feira, 4 de junho de 2013

Responsabilidade Socioambiental: Modismo?




Falar de meio ambiente nos dias atuais parece apenas mais uma forma de estar sintonizado com as novas tendências e fazer parte de alguma lista do que se considera “in”, mas é muito mais que isso. Obviamente o simples discurso não diminui a emissão de gases tóxicos ou promove o desenvolvimento sustentável, mas é um passo a mais nessa difícil transformação que devemos empreender.

Mais que um modismo, a preocupação com o meio ambiente não é algo novo, antes presente apenas na cabeça de “bichos-grilos” ou de ambientalistas, hoje tem ganhado força como um assunto popular, opiniões não faltam sobre esta ou aquela questão ambiental, mas falta ainda muita informação e sensatez.
Há sempre ações novas ou nem tão novas assim que parecem contribuir, mas não geram efeitos reais e por outro lado, há também, idéias criativas e ousadas que demoram a deixar o papel.

Algumas delas já estão se tornando realidade em uma pequena parte (ainda!) de empreendimentos imobiliários, como a escolha de materiais (tintas, vernizes e colas) com baixa emissão de compostos orgânicos voláteis, o uso de material reciclado e o uso de madeira que deve ser certificada, de procedência lícita e resultante de uma extração de baixo impacto, com práticas adequadas de reflorestamento. Reciclagem e venda dos resíduos das obras. Coleta seletiva do lixo e tubulações específicas para o recolhimento de óleo de cozinha. Consumo racional de água através de torneiras e válvulas de descarga que reduzem a quantidade de água gasta, além de hidrômetros individuais ou ainda, o reaproveitamento da água utilizada em chuveiros, lavatórios e máquinas de lavar roupas que após tratamento e filtragem é reutilizada nos vasos sanitários, manutenção de jardins ou lavagem de carros e áreas comuns. Utilização de fontes de energia renováveis, como a eólica e a solar e o uso de lâmpadas econômicas e também de eletrodomésticos com o selo Procel, que consomem menos energia.

Tais práticas podem gerar economia desde a obra e principalmente na manutenção destes empreendimentos pelos seus futuros usuários, gerando inclusive abatimentos nos valores das taxas de condomínio, mas não devem ser entendidas como eficientes quando isoladas de uma prática maior de responsabilidade socioambiental. Devem estar calcadas em políticas que incluam o respeito pelas pessoas envolvidas em todas as fases de um empreendimento, desde aquelas que fazem a obra, as que a comercializam, até aquelas que irão usufruir e manter.

Empreendimentos que valorizam ações como essas, tornam-se mais competitivos e permanecem alinhados à forte consciência ambiental que vem crescendo e que embora pareça moda, veio para ficar.

por Patricia Reis.
(06.06.2010)

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