Falar de meio ambiente nos dias atuais
parece apenas mais uma forma de estar sintonizado com as novas tendências e
fazer parte de alguma lista do que se considera “in”, mas é muito mais que
isso. Obviamente o simples discurso não diminui a emissão de gases tóxicos ou
promove o desenvolvimento sustentável, mas é um passo a mais nessa difícil
transformação que devemos empreender.
Mais que um modismo, a preocupação com o
meio ambiente não é algo novo, antes presente apenas na cabeça de
“bichos-grilos” ou de ambientalistas, hoje tem ganhado força como um assunto
popular, opiniões não faltam sobre esta ou aquela questão ambiental, mas falta
ainda muita informação e sensatez.
Há sempre ações novas ou nem tão novas
assim que parecem contribuir, mas não geram efeitos reais e por outro lado, há
também, idéias criativas e ousadas que demoram a deixar o papel.
Algumas delas já estão se tornando realidade
em uma pequena parte (ainda!) de empreendimentos imobiliários, como a escolha
de materiais (tintas, vernizes e colas) com baixa emissão de compostos
orgânicos voláteis, o uso de material reciclado e o uso de madeira que deve ser
certificada, de procedência lícita e resultante de uma extração de baixo
impacto, com práticas adequadas de reflorestamento. Reciclagem e venda dos
resíduos das obras. Coleta seletiva do lixo e tubulações específicas para o
recolhimento de óleo de cozinha. Consumo racional de água através de torneiras
e válvulas de descarga que reduzem a quantidade de água gasta, além de
hidrômetros individuais ou ainda, o reaproveitamento da água utilizada em
chuveiros, lavatórios e máquinas de lavar roupas que após tratamento e
filtragem é reutilizada nos vasos sanitários, manutenção de jardins ou lavagem
de carros e áreas comuns. Utilização de fontes de energia renováveis, como a
eólica e a solar e o uso de lâmpadas econômicas e também de eletrodomésticos com
o selo Procel, que consomem menos energia.
Tais práticas podem gerar economia desde
a obra e principalmente na manutenção destes empreendimentos pelos seus futuros
usuários, gerando inclusive abatimentos nos valores das taxas de condomínio, mas
não devem ser entendidas como eficientes quando isoladas de uma prática maior
de responsabilidade socioambiental. Devem estar calcadas em políticas que
incluam o respeito pelas pessoas envolvidas em todas as fases de um
empreendimento, desde aquelas que fazem a obra, as que a comercializam, até
aquelas que irão usufruir e manter.
Empreendimentos que valorizam ações como essas, tornam-se mais competitivos e permanecem alinhados à forte consciência ambiental que vem crescendo e que embora pareça moda, veio para ficar.
por Patricia Reis.
(06.06.2010)
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