terça-feira, 4 de junho de 2013

Qualidade de Vida na Construção Civil




Falar de responsabilidade socioambiental é falar de qualidade de vida também. Não só para os trabalhadores da construção civil, como para aqueles que comercializam as unidades residenciais, os que administram os condomínios e os próprios clientes que usufruirão do resultado final e da manutenção do mesmo. Neste artigo, focarei estes últimos.

No mundo de hoje, a despeito de toda a tecnologia, trabalha-se mais, ainda que em horários um tanto flexíveis para alguns. O expediente muitas vezes não termina quando se sai do trabalho e prolonga-se em casa, através do celular e do computador. Essa tecnologia por outro lado, tem nos feito mais sedentários com todos os aparatos eletrônicos e automáticos que nos facilitam a vida e nos fazem cada vez mais, fazer cada vez menos exercícios. Aumenta-se a atividade intelectual e diminui-se a atividade física e consequentemente a própria qualidade de vida.

Em resposta a essa realidade, à violência que nos cerca e à falta de tempo, assim como em geral, os apartamentos serem menores, nos últimos anos tem havido um aumento significativo de empreendimentos do tipo clube residencial ou condomínio-clube. Muitas vezes são empreendimentos que chegam a utilizar 80% do terreno para área comum com muitas opções de lazer, serviços e segurança, compensando o valor do condomínio com um maior rateio, já que normalmente nesses empreendimentos há mais de uma torre com um número grande de apartamentos. Outro argumento a favor do valor do condomínio é que se gastaria mais com a mensalidade de um clube, academia, demais serviços que são então prestados dentro do condomínio com maior comodidade e segurança.


Tais comodidades não devem ser mais uma razão para o comodismo sedentário ou um simples apelo para as vendas, mas sim serem voltadas a agregar valor real à vida de seus moradores. Para isso não bastará uma sala de ginástica e/ou musculação, mas esse ambiente deverá estar adequadamente equipado, com políticas de manutenção que garantam a preservação e o bom uso do seu espaço, além de campanhas de incentivo que estimulem a utilização com segurança de tal serviço. As piscinas, por exemplo, de acordo com essa visão, tendem a ir além do objetivo da pura diversão, permitindo a prática da natação através de ao menos uma raia semi-olímpica. Dentre outros espaços para a prática de exercícios físicos ou para a melhoria da qualidade de vida, quero destacar os espaços verdes que devem ser valorizados não só para atividades como caminhadas, mas simplesmente para se estar em contato com a natureza num ambiente urbano cada vez mais carente desse contato. E é óbvio, o empreendimento como um todo deve estar integrado ao meio ambiente de maneira harmoniosa e sustentável, de tal forma que não haja um excesso de cimento e áreas construídas em detrimento da área verde, que hoje é um diferencial significativo tanto para a responsabilidade socioambiental do empreendimento em si como para a qualidade de vida de cada um de seus moradores.  

por Patrícia Reis.
(15.09.2010)

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