domingo, 13 de junho de 2010

Lixões do nosso Brasil...




O curta-metragem Ilha das Flores consegue ilustrar de uma maneira inteligente e sarcástica a inter-relação entre todos os seres-humanos e suas ações, assim como, revela situações extremas, opostas a simples atos.

Não precisamos ir longe para traçarmos um paralelo à realidade da Ilha das Flores, aqui no grande Recife, temos o lixão da Muribeca e no seu entorno, comunidades e pessoas que sobrevivem desse lixo, não só separando o que é reciclável para a venda e conseqüente, subsistência, mas também se alimentando do que encontra.

Há muitos anos atrás, uma triste notícia  (Diário de Pernambuco - 16/4/1994 - ver abaixo) falando sobre o caso de uma família que se alimentou de um seio humano jogado no lixão de Peixinhos em Olinda, despertou em mim e em meus amigos o interesse de levar algum tipo de ajuda aos moradores desse lixão. Foi um choque ao chegarmos lá e constatarmos que além daqueles que trabalham no lixão, ao menos 20 famílias moravam de fato em barracões improvisados em cima e no meio de todo aquele lixo. O cheiro era algo inimaginável, não havia nenhuma condição mínima e digna para que um ser humano vivesse ali e no entanto, encontramos famílias inteiras, crianças com chupetas sendo arrastadas em meio ao lixo, comida sendo feita em fogareiros em meio ao lixo, vida em meio ao lixo...






Mais recentemente, por dois anos seguidos, eu e meus alunos, fizemos uma ação de voluntariado junto às crianças da creche Lar Esperança na Muribeca e pudemos constatar mais uma triste realidade. D. Cristina, moradora da comunidade, cidadã ativa e solidária para com seus pares, é responsável há mais de 15 anos por um lindo trabalho de cuidar de filhos de catadores de lixo enquanto os pais dessas crianças trabalham no lixão, e em seu dia-a-dia vivencia histórias, que mais parecem estórias, mas infelizmente, são reais. Algumas delas se referem justamente a crianças que adoecem seriamente por se alimentarem do que os seus pais levam do lixão para casa. 

Tal situação deve nos trazer uma profunda reflexão em relação ao que jogamos no lixo e como o fazemos, além do que, o que consumimos e em que proporções, quanto desperdício geramos? Ao jogar, por exemplo, um iogurte já vencido e ainda fechado no lixo, não fazemos idéia que uma pessoa, provavelmente, um catador de lixo, poderá pegar e levar para si e sua família aquilo que não consideramos apto ao consumo de qualquer ser-humano. Assim, o ato de jogar algo para o lixo tem conseqüências não só ambientais, mas sociais também. 

Devemos ser mais cuidadosos com o nosso consumo, evitar desperdícios, pois o que não nos serve poderá, nestes casos, infelizmente, servir a um outro ser-humano que pela sua miséria não terá o mesmo critério que o nosso e poderá colocar sua saúde e a de seus familiares em risco. Quantas vezes jogamos remédios vencidos fora? Será que em alguma delas pensamos nisso? O quanto um simples ato, ainda que correto, pode acarretar de prejudicial para uma outra pessoa? Existem formas mais corretas de jogarmos certas coisas fora? Como o óleo de cozinha, que é uma preocupação já discutida e constantemente abordada atualmente por seu impacto ambiental.
Creio ser esta uma reflexão importante que deve nos levar a ações mais conscientes. Tudo o que fazemos atinge de alguma maneira outras pessoas, positiva ou negativamente, assim como o meio-ambiente do qual fazemos parte. Precisamos levantar questionamentos, buscar soluções e cada vez mais, tentar colocá-las em prática. E lembrar que a questão ambiental e social andam juntas e não há como lidar com uma delas sem considerar a outra.
Em tempo, quem tiver interesse em saber um pouco mais sobre a creche Lar Esperança na Muribeca, veja abaixo mais informações. No momento eles estão precisando principalmente de leite e alimentos, entre outras coisas, quem sabe você possa ajudá-los!

CRECHE LAR ESPERANÇA
R. da Amizade, 20. Vila dos Palmares. Muribeca. Jaboatão/PE.
Responsável: D. Cristina
Telefone: (81)3476.4344


 

por Patrícia Reis.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Projeto Black Pixel

Contribua, do seu computador, para reduzir a emissão de gás carbônico

Se alguém pensa que mudança climática é um problema tão complexo e tão grande que só os governos podem ajudar a resolver, é melhor pensar de novo. A AlmapBBDO e o Greenpeace (com a assessoria técnica do Centros de Estudos Avançados do Recife - C.E.S.A.R – um dos principais centros de tecnologia da informação no Brasil) desenvolveram um projeto que permite a qualquer pessoa, sem grande esforço e sem alterar radicalmente o seu modo de vida, contribuir para a redução das emissões de gases do efeito estufa na atmosfera. Ele se chama Black Pixel e funciona a partir da tela do seu computador.

O projeto baseia-se num programa que pode ser capturado através da Internet e instala um quadrado preto na tela. É possível desligá-lo a qualquer hora. Mas enquanto está funcionando, o quadrado reduz o consumo de energia e as emissões de CO2. O desafio é chegar a 1 milhão de Black Pixels instalados, que equivaleriam à uma economia de 57 mil watts/ hora ou a manter apagadas 1.425 lâmpadas de 40W por uma hora. Uma usina à carvão, para produzir a mesma quantidade de energia, emitiria 70 kg de CO2.

Portanto, enquanto nossos políticos evitam enfrentar a crise climática, com o Black Pixel, você pode começar a agir para pelo menos diminuir a dimensão do problema. Instale o programa e avise aos seus amigos, colegas e familiares. Quanto mais gente usar o quadrado, melhor será para o planeta. O projeto só funciona em monitores de tubo e de plasma. (Fonte: http://www.greenpeace.org)



Para instalar o BLACK PIXEL, clique aqui!